sexta-feira, 27 de junho de 2008

quarta-feira, 25 de junho de 2008

O Homossexualismo não Vai Contra a Natureza. Será?

Tenho uma cadela muito espertinha que de vez em quando faz cocô na minha cama. Previsivelmente, eu fico bravo. Mas minha esposa sempre diz: "Ora, Guilherme, é uma cadela!" Bem ela dizia isso antes. Agora já está ficando brava também. Sim, eu sei, isso é pura e simplesmente uma cachorrice, uma coisa de cachorro, da natureza canina - não o cocô na cama, propriamente, mas num lugar com o qual a minha cama, por uma ironia da providência, é semelhante. Sim, sim, mas... Cocô na cama é contra a minha natureza, bolas!

Mas será mesmo?

Na Folha Ciência

Com toda a certeza essa não seria a resposta do Dr. Andrea Camperio Cianni, geneticista da Universidade de Pádua, que concedeu entrevista à Folha Ciência publicada em 21 de Junho de 2008. A entrevista foi motivada por um estudo publicado por ele na revista PLoS One, no qual ele apresenta um modelo genético para explicar por que a homossexualidade aparece conectada ao aumento da fertilidade e mães e avós na linhagem materna do indivíduo.

De acordo com o modelo, haveria um gene (ou uma combinação?) que, presente em indivíduos do sexo feminino, aumenta a fertilidade e, em indivíduos do sexo masculino, gera uma "ligeira" atração por homens. Assim o gene que produz vantagem reprodutiva em mulheres produz, em homens, desvantagem reprodutiva. O Dr. Cianni nega explicitamente que sua teoria implique um determinismo genético - que o homossexualismo seja determinado pelos genes. Seu ponto apenas é que provavelmente há mesmo fatores genéticos que favorecem a "androfilia", ou a atração por homens, e que podem ocorrer tanto em homens como em mulheres.

A teoria parece de fato bem interessante. Sendo o homossexualismo tão comum e recorrente em diferentes comunidades humanas, seria de se esperar mesmo que ele tivesse algum tipo de base genética. Mas isso não é tudo. O Dr. Cianni apresenta algumas interpretações do significado de seu modelo que vale a pena considerar:

Há genes influenciando algumas pessoas, tornando mais fácil para elas optar pela homossexualidade. Ser ou não ser homossexual, porém, é resultado de história de vida, além de genes. O que queremos saber é por que os genes que influenciam a homossexualidade existem. Um gene que reduz a taxa de reprodução das pessoas deveria desaparecer. Esse é o dilema darwiniano da homossexualidade. A posição da Igreja tem sido por muito tempo a de dizer que o homossexualismo seria um vício, um pecado contra a natureza. Com o nosso estudo, podemos dizer claramente que o homossexualismo não vai contra a natureza. Ele faz parte da natureza, e é demonstrado precisamente pela seleção sexual darwiniana.

Pode-se, sem dúvida, dar diferentes interpretações do fato. Vamos tentar uma.

Talvez o nosso mecanismo genético seja deveras imperfeito, realmente. Na falta de uma boa solução para promover a fertilidade feminina, temos um gene que, ao invés de ter seu efeito androfílico neutralizado por uma compensação hormonal ou até genética, atua livremente em indivíduos de sexo masculino. Assim, a nossa espécie convive com o indesejável efeito colateral de produzir - homossexuais! Nas palavras do próprio Cianni, afinal, eles seriam indivíduos em desvantagem reprodutiva.

Ora, temos conhecimento da presença de mecanismos bastante desajeitados ou até desvantajosos, que eventualmente complicam a vida de determinadas espécies. Mas seriam meramente imperfeições (ao menos, é assim que elas são nomeadas pelos críticos do Design Inteligente) associadas às vicissitudes do processo evolucionário. Não poderíamos falar em doenças, a não ser que aplicássemos o termo a espécies como um todo.

Seja como for, seria mesmo muito chato, e politicamente incorretíssimo sugerir que o homossexualismo não é contra a natureza, porque imperfeições adaptativas, propensões genéticas potencialmente desvantajosas, ou até por um anomalia evolucionária são fatos da natureza. Pois até mesmo o câncer é resultado do mesmo mecanismo que torna possíveis as mutações, indispensáveis à evolução. Em outras palavras, sugerir que a homossexualidade é um acidente evolucionário; um efeito colateral...

Bem, acho que o Cianni não seria tão bobo de colocar as coisas nesses termos (embora não seja preciso muito esforço para enxergar que o rei está nu).

O mais curioso, no entanto, é a conclusão brilhante que Cianni tira desse fato: "podemos dizer claramente que o homossexualismo não vai contra a natureza. Ele faz parte da natureza". Uai, eu perdi alguma coisa? ;-D

A Falácia

Bem, vamos por partes:

1) Em primeiro lugar, Cianni supõe que uma coisa "faz parte da natureza" porque tem base genética e pode ser explicada pela evolução Darwiniana;

2) Em segundo lugar, ele rejeita a idéia de que o homossexualismo seja um "pecado contra a natureza", porque tem base genética.

Mas, convenhamos: que tipo de comportamento humano pode ser considerado contrário à natureza por esse critério? Com toda a certeza, todo tipo de comportamento humano deve ter alguma base genética, nem que seja indireta. Tudo o que o homem pode produzir em termos culturais, está baseado em possibilidades genéticas. Mas o invés de multiplicar exemplos disso aqui, vamos apenas tomar os exemplos de Cianni:

A comunidade gay sempre fica muito infeliz quando pessoas falam sobre esse assunto e os jornalistas começam a usar manchetes como "Descoberto o gene gay". Isso é besteira. Nós, geneticistas comportamentais, sabemos há muito tempo que o debate de natureza contra criação é fútil. Todos os genes têm de se expressar em um ambiente. O ambiente influencia a expressão do gene, assim como o gene influencia o ambiente onde ele se expressa. Vou dar um exemplo. Todos nós temos genes que favorecem o roubo, porque se não tivermos o comportamento do roubo, não sobreviveremos em uma emergência onde ele pode ser necessário. Isso não significa que sejamos forçados a sermos ladrões.

Ótimo. Não podia ser melhor.

Todos nós temos genes que favorecem o roubo. Então o roubo não é contra a natureza, não é mesmo? Coitado daquele ladrão. Ele apenas tem uma desvantagem associativa de base genética. Coitado de mim também. Afinal, eu sou um bobão que tem uma desvantagem moralista de base genética. Eu acho que o ladrão é um safado que precisa ir em cana. Espero que tenham pena de minha desvantagem genética.

Sim, vamos ser justos. O Dr. Cianni está explicando que alguns genes nos ajudam, em uma situação, e nos atrapalham em outras. Não dá para taxar os genes de "maus" e "bons" (embora Richard Dawkins insista em dizer que eles são egoístas). Então o que precisamos considerar, ao julgar um comportamento, segundo as suas próprias palavras? O ambiente. Aquilo que vai além dos genes.

A despeito disso, a conclusão consistente do raciocínio de Cianni é de que a ladroagem não é contra a natureza. E como sabemos que o estupro, o assassinato, a pedofilia, a violência em geral, diversas formas de sociopatia e psicopatia, depressão, irritabilidade, toxicomania, e uma infinidade de outros "desvios comportamentais" tem, todos, bases genéticas reconhecidas, devemos concluir que todos são naturais. Não são contra a natureza. Todos tem explicações em termos da seleção natural Darwiniana (e tem mesmo, não estou brincando).

Diante dos fatos, tudo o que posso dizer é repetir as palavras do nosso amigo italiano: "isso não significa que sejamos forçados a sermos ladrões".

Igualmente, "Isso não significa que alguém é forçado a ser homossexual" - mesmo que alguém tenha genes que favorecem essa prática, isso não significa de modo algum, absolutamente, que o homossexualismo seja bom para o ser humano, ou válido, ou que não seja um pecado.

E por falar em pecado: em primeiro lugar, o pecado é contra Deus, e em segundo lugar, contra o homem. Sem dúvida concordamos com o Dr. Cianni, de que não há pecado contra genes (ou "a natureza" em suas palavras). Só parece estranho que ele atribua a afirmação dessa tolice à Igreja.

Contra que Natureza?

Quero avançar um pouquinho na reflexão.

Um mínimo de sensibilidade demonstrará que o Dr. Cianni está relativamente confuso (ou talvez, tenha se confundido apenas na sua entrevista, o que é provável) a respeito do conceito de "natureza". Ele diz sem meias palavras que o que tem base genética não é contra a natureza. Isso equivale a dizer que "o que é, é certo".

A não ser que ele postulasse a existência de duas realidades separadas: a "natureza", que seria tudo o que é material ou biológico, e a "cultura", que seria uma criação arbitrária da liberdade humana. O problema com este modelo, é que se a liberdade humana e a criatividade cultural forem reais, a ponto de afetar a nossa resposta aos genes, isso significaria que elas são, efetivamente, uma "segunda natureza" distinta da "natureza física". Mas eu pergunto: de onde teria vindo tal natureza? Do espaço sideral?

Uma solução mais interessante seria simplesmente admitir que o que é natural para o homem não é o que tem uma base genética, mas o que realiza as possibilidades criativas do homem. Em outras palavras, para julgar um comportamento, não é suficiente empregar um termo genérico como "natureza". Precisamos de um conceito de "natureza humana". O Dr. Cianni efetivamente emprega um conceito de natureza humana como sendo indistinto de "natureza biológica". Isso não é suficiente, é óbvio. Um conceito válido de natureza humana precisa dar conta da base biológica, mas também dos aspectos social, estético, jurídico, ético, religioso, racional, e assim por diante.

A partir do conceito de "natureza" do Dr. Cianni, até o nazismo não é contra a Natureza. Afinal, quem sabe se a mãe natureza não está tentando nos extinguir, agora que descobriu que somos prejudiciais à vida na terra? É por isso que temos bombas atômicas, Osama bin Laden, Bush, a rede Globo, e a Folha Ciência, afinal. E o Dr. Cianni, é claro.

Eu estaria disposto até mesmo a admitir que, talvez, o gene (se ele existe mesmo) que favorece a androfilia nos homens (o homossexualismo) tenha uma finalidade interessante, útil, como é o caso do gene do roubo (que ajuda na autodefesa). Talvez, por exemplo, ele sirva para que exista o celibato clerical. Por que não? Uma procissão é algo muito mais interessante do que a Parada Gay, aquela coisa horrorosa.

Aprender a "Natureza"

Apenas para estabelecer um contraponto, cito a entrevista do educador e professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Yves de La Taille, para a revista Nova Escola deste mês. Discutindo o problema da falta de princípios na escola, e a necessidade de uma educação ética, ele dizer que "A dimensão moral da criança tem de ser trabalhada desde a pré-escola. Ética se aprende, não é uma coisa espontânea".

O que seria ensinar ética a uma criança? Se ética não faz parte da "natureza", nem deveríamos ensiná-la. Afinal, seria uma forma de reprimir a natureza, que é sempre "espontânea".

A ética pertence à natureza humana, não à natureza "em geral". O fato de ela precisar ser aprendida não significa que não seja parte de nossa constituição. É por isso que o homossexualismo não é contra a "natureza" em geral, mas é contra a "natureza humana": é éticamente problemático. Mas em tempos de reducionismo materialista, ou genético, ou sociológico, é difícil, muito difícil fazer as pessoas encararem a verdade.

Tudo o que posso dizer...

Bem, seja como for, tudo o que posso dizer é que a entrevista, do entrevistado ao entrevistador e à escolha do título, reflete a mesma monstruosa, colossal, titânica ignorância do homem moderno em relação à sua verdadeira natureza. Se não sabemos mais o que é a natureza humana, como teremos condições de dizer o que é contra a natureza, e o que não é?

Assim, o jornalismo científico popular continuará "demonstrando" que, já que existe homossexualismo entre macacos e ratos, isso é simplesmente "a natureza". Que natureza minúscula.

E a mim, meu Deus, o que me resta? Vou me juntar à minha cadela e evacuar na minha própria cama.

Mas não vai ficar assim não. Vou fazer dentro da casinha dela também.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A Objeção Reformada ao Dogma da Autonomia da Razão

Isso tem bastante a ver com o meu recente post sobre Chesterton!

Na próxima terça feira (24/06) será a quinta palestra do 1 Ciclo de Palestras L'Abri Brasil. O tema será "A Objeção Reformada ao Dogma da Autonomia da Razão". Trata-se de uma espécie de crítica da concepção moderna de racionalidade, acompanhada de uma proposta cristã.

O palestrante será Guilherme de Carvalho, eu mesmo :-D, a partir das 20h00

Local: MINUETO CENTRO MUSICAL
RUA PAULO SIMONI, 54 - SAVASSI

Uma oportunidade para entender melhor de onde tiro minhas esquisitices filosóficas!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A Epistemologia da Ortodoxia

Chesterton é mesmo impagável...

Se você discutir com um louco, é extremamente provável que leve a pior; pois sob muitos aspectos a mente dele se move muito mais rápido por não se atrapalhar com coisas que costumam acompanhar o bom juízo. Ele não é embaraçado pelo senso de humor ou pela caridade, ou pelas tolas certezas da experiência. Ele é muito mais lógico por perder certos afetos da sanidade. De fato, a explicação comum para a insanidade nesse respeito é enganadora. O louco não é um homem que perdeu a razão. O louco é um homem que perdeu tudo exceto a razão. A explicação oferecida por um louco é sempre exaustiva e muitas vezes, num sentido puramente racional, é satisfatória. Ou, para falar com mais rigor, a explicação insana, se não for conclusiva, é pelo menos incontestável. [...] Se um homem disser, por exemplo, que os homens estão conspirando contra ele, você não pode discutir esse ponto, a não ser dizendo que todos os homens negam que são conspiradores; o que é exatamente o que os conspiradores fariam. Apesar de tudo, ele está errado [...] Talvez a maneira de nos aproximarmos ao máximo dessa descrição é dizer o seguinte: que a mente dele se move num círculo perfeito, porém reduzido (G. K. Chesterton, Ortodoxia).


Ao longo de minha ainda curta trajetória como teólogo e pastor, encontrei um sem-número de vezes aquele tipo, descrito por Chesterton, que defende com vontade e com uma consistência exasperante a racionalidade de uma visão simplista do real.

Simplista, seja ele quem for: do ateu ao fundamentalista evangélico, aquele tipo estereotipado, apologético, que segue com lógica inflexível e fatal uma idéia que, obviamente, se não é falsa, é unilateral. Não que seja sempre inconveniente a lógica inflexível; mas é que ela é como a beleza: pode-se ser belo e mau. Ou feio e bom.

Sabedoria é reconhecer quando um argumento é lógico mas falso, e quando é construtivamente feio mas verdadeiro. Feio na forma, na formulação, na fôrma discursiva. Torto, desengonçado, balbuciado - mas verdadeiro, e daí?

Sim, para ser justo, preciso reconhecer que a verdade também é feia, às vezes. Mais vale um pouco de realidade feia do que muita falsidade bonita. E para ser justo, preciso reconhecer que às vezes a consistência lógica conduz a uma conclusão feia (e não bela) que é verdadeira. Mas, no caso, a beleza da consistência lógica está em mostrar a feiúra da realidade. Palmas para ela. Sua beleza serviu à verdade.

Quem me dera fosse sempre assim. No mais das vezes, vejo pessoas embelezando argumentos para defender bobagens como o ateísmo, o comunismo, o individualismo ou a irrelevância da ciência para a fé (onde fundamentalistas e Dawkinianos se beijam). Ora, ora, vaias para essa consistência lógica. Sua beleza serviu à mentira. Mesmo que seja bonitinha, consistente, proporcionada, não passa de mulher da vida...

Este é o "círculo" denunciado na epistemologia de Chesterton: infinito, mas ainda assim minúsculo. Minúsculamente infinito, fechado para si mesmo, incurvatus in se (Lutero).

Como o materialista que nega a realidade da personalidade humana, com a qual acorda e vai dormir todos os dias, porque não é consistente com seu "sistema". Ou o marxista que dorme e acorda todos os dias com a realidade de que o homem é irredutível aos "meios de produção" mas quer negá-la, porque não concorda com o "sistema". Ou como o criacionista científico, que acorda e vai dormir todos os dias com a massa de evidências da longa idade da terra, mas prefere apostar num relativismo epistemológico a dar crédito à ciência (exceto, naturalmente, quando ela confirma algo escrito na Bíblia. Daí, de repente, as regras mudam), porque não concorda com o "sistema" (teológico). E assim por diante: deixando o bom senso em nome da consistência.

Se precisar escolher entre consistência e bom senso, fique com o bom senso. Não perca tudo para ficar só com a razão.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Campanha contra a Volta da CPMF (CSS)

Só para ajudar na divulgação. Eu já assinei o manifesto, junto com mais de 33.000 pessoas até agora. Para entender e participar, clique no link:

Campanha contra a nova CPMF


Vote contra o Leviatã! Só Deus é Soberano! :-D

terça-feira, 10 de junho de 2008

Coletivismo Chinês: Tão errado quanto a gente...

É difícil não observar em alguns filmes "chineses" (ao menos, tematizando a China) como "Herói" um fortíssimo traço coletivista. Aquela coisa de considerar o indivíduo bom aquele que se entrega ao país, ao Estado. A individualidade é um detalhe; talvez um obstáculo.

Mas isso não é preconceito não; é a pura verdade. Lendo um interessante capítulo do holandês Sander Griffioen - sobre a teoria das instituições sociais de Dooyeweerd, encontrei uma citação, por ele, de He Zhaowu, um historiador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, de 1991. Diz Zhaowu:

"Enquanto o ponto de partida no Ocidente foi a oposição entre o indivíduo e a comunidade, os chineses tomaram o indivíduo como uma mera parte constituinte de uma comunidade supra-individual, em nome da qual todas as atividades individuais tem sua motivação. Assim, na tradição intelectual da China dificilmente surgiria uma ideologia baseada meramente no indivíduo monádico" (Griffioen, Sander. Dooyeweerd's Theory of Social Institutions. In: Christian Philosophy at the Close of the Twentieth Century, p. 143).

Pois é, isso diz muito sobre o coletivismo Chinês. É um totalitarismo que esmaga a individualidade. Por outro lado, pode nos ajudar a ter mais autocrítica. "Herói" é um insulto às minhas sensibilidades ocidentais. Me sinto melhor assistindo "Mulan" da Disney (sabe, é até legal mesmo. Aquela moça se revoltando contra todo mundo e salvando a China! Pimenta nos olhos dos outros não arde...). Mas é fato que o individualismo ocidental trata indivíduos como mônadas isoladas. Os chineses estão meio certos. Igual a gente. Ou, meio errados...